domingo, 7 de fevereiro de 2010

Beyoncé põe 14 mil pessoas para dançar no Rio

Primeiro show da cantora na cidade teve lotação esgotada.
'É o melhor lugar do mundo', disse sobre o Brasil.




O carnaval carioca começou um pouco mais cedo este ano. Pelo menos para as 14 mil pessoas que lotaram a HSBC Arena na noite deste domingo (7) e puderam acompanhar de perto a primeira apresentação de Beyoncé na cidade. Tão animado quanto um desfile de escola de samba, o show teve duas horas de duração e sacudiu o público, que cantou e dançou junto com a cantora por cerca de duas horas.

Apesar da animação, a desorganização do lado de fora da arena fez com que muita gente chegasse atrasada. Uma fila gigantesca se formou por causa da demora na abertura dos portões. Quem foi de carro e utilizou o estacionamento do lugar acabou privilegiado, já que o acesso era diferente e menos movimentado. Por conta disso, alguns taxistas chegavam a cobrar R$ 30 apenas para levar os espectadores da fila para dentro do estacionamento, num percurso de apenas cem metros.

Pouco depois das 19h, Wanessa subiu ao palco para o show de abertura. Sem banda, cantou por cerca de 20 minutos (covers, em sua maioria, como “Hips don’t lie”, de Shakira) acompanhada apenas por quatro dançarinas e um DJ. Vestida com uma roupa branca e justa, com detalhes em prateado, não chegou a empolgar o público, que aguardava mesmo a atração principal.


'Melhor lugar do mundo'
Com um atraso de pouco menos de meia hora, Beyoncé subiu ao palco para delírio da plateia. Um telão de altíssima definição exibia imagens do palco e da competente banda formada apenas por mulheres. “Deja vu” e o sucesso “Crazy in love” foram executadas em sequência, seguidas por “Naughty girl”, “Freakum dress” e “Get me bodied”, o que garantiu um início de show acelerado.

“O melhor lugar do mundo é o Brasil. Digo isso do fundo do meu coração. Estou muito feliz por estar aqui”, disse a cantora, pouco depois da primeira de uma dezena de vezes em que troca de figurino. Suas roupas, aliás, procuram sempre destacar os seios e pernas, as partes mais exageradas, por assim dizer, de sua silhueta.

Beyoncé é extremamente simpática. Além de sorrir sempre, brinca com sua banda e seus bailarinos - quando as agitadas coreografias permitem -, faz elogios ao público e convida todo mundo a cantar junto com ela.

“Sei que as pessoas do fundo são as que se divertem mais”, grita a diva, fazendo um agrado aos ocupantes dos lugares menos privilegiados.

Após vestir uma espécie de vestido de noiva estilizado durante as canções mais românticas do setlist, é a vez de trocar de roupa novamente para “If I were a boy”, num dos momentos mais rock ‘n’ roll da apresentação. Rock ‘n’ roll também são as musicistas de sua banda que, vez por outra, arriscam solos e improvisos de guitarra e saxofone. Uma versão de “You oughta know”, da canadense Alanis Morissette, levanta suspeitas definitivas de que Beyoncé é uma grande admiradora do gênero.

Apoiadas no repertório e coreografias do show, as cores e imagens exibidas no telão criavam o cenário perfeito para cada canção, como na balada “Smash into you”, onde o fundo do mar azul tomou o palco. Ou em “Radio”, em que são exibidas cenas caseiras da cantora ainda criança, muito antes de se tornar a artista vencedora de seis prêmios na mais recente edição do Grammy, realizado no último dia 31.


Homenagens
Um trecho instrumental do show relembrou “Billy Jean”, “Smooth criminal” e “Beat it”, sucessos de Michael Jackson, tempo suficiente para que a cantora mudasse de lugar e aparecesse de surpresa, segurando uma bandeira brasileira, num pequeno palco erguido no centro da arena. Dali, comandou o show quase que até o fim, ora em companhia dos dançarinos, ora apontando para as arquibancadas, descrevendo espectadores e lendo faixas e cartazes. 


Foto: Mônica Imbuzeiro / Agência O Globo

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