A partir dos 50 km de altura, onde está a estratopausa, a temperatura volta a ser o nosso conhecido "quanto mais alto, mais frio". O perfil de temperatura se modifica novamente e passa a diminuir com a altura até os 80 km, quando chega a -90 °C. É a mesosfera, a camada de ar dos meteoros.
Na mesosfera a queda de temperatura passa a ocorrer em virtude da baixa concentração de moléculas e da diminuição do calor oriundo da camada de ozônio, que ficou pra baixo. Apesar da baixa concentração, o ar presente na mesosfera é suficiente para oferecer resistência a objetos que entrem em nossa atmosfera.
O calor gerado pela resistência do ar a diversas rochas que colidem com a Terra faz com que os objetos sejam incendiados e dêem origem ao que é conhecido como estrelas cadentes. Esses fenômenos são chamados de meteoros e as rochas de meteoróides.
A maiorias dos meteroróides é um pouco maior que um grão de areia, mas alguns podem chegar ao tamanho de casas ou ainda maiores. Dependendo do tamanho, essas rochas podem chegar à superfície, quando são chamados de meteoritos. Muitos meteoritos chegam à superfície da Terra com freqüência sem que nos darmos conta disso, pois são em sua grande maioria minúsculos, mas grandes meteoritos podem causar enormes danos ao planeta e à vida, como já ocorreu no passado do nosso planeta - e que pode ocorrer no futuro.
Ano passado, o ônibus espacial Columbia incendiou-se ao reentrar na atmosfera. Na verdade, ele já estava há um certo tempo na atmosfera quando ocorreu a explosão, mas foi justamente ao se aproximar da base da mesosfera, a 60 km de altura, que o calor gerado se tornou insuportável para a estrutura, danificada em seu isolamento térmico, e causou a explosão.
Assim como a maioria dos corpos que chegam na Terra, o Columbia foi queimado na mesosfera, se transformando em um triste meteoro que nos faz refletir sobre os limites do homem perante a natureza.

O ônibus espacial Columbia desintegra-se na atmosfera durante sua reentrada na atmosfera, em fevereiro de 2003.
A dezenas de milhares de quilômetros existem moléculas de gás presas pelos campos gravitacional e magnético da Terra. Essas partículas giram junto com o planeta e podem ser consideradas parte da atmosfera. Para efeitos práticos, considera-se que a partir dos 100-200 km de altura tempos o início do espaço. Na prática, este é o tamanho da atmosfera: a Terra tem uma cobertura de ar, com mais de 100 km de altura.
Fonte: www.silverioortiz.kit.net
MESOSFERA
A mesosfera, camada superior da atmosfera localizada entre 80 quilômetros e 100 quilômetros de altura, pode ser uma das chaves para os pesquisadores entenderem melhor as mudanças climáticas globais. Uma das teorias defende a idéia de que, quando o ar das partes mais próximas do solo é aquecido, lá no alto, quase na borda do espaço, ocorre exatamente o contrário: o frio seria cada vez mais intenso.O problema é que estudar as camadas superiores da atmosfera não é uma tarefa fácil, principalmente em relação aos procedimentos metodológicos. O ar rarefeito impede os vôos de aviões tradicionais. Os balões normalmente utilizados em pesquisas na atmosfera mais próxima não conseguem chegar até lá com total segurança.
Para resolver o problema, pesquisadores britânicos da Universidade de Bath e da Base Anglo-Saxônica da Antártica resolveram se guiar pela própria natureza. Está sendo montado próximo ao Pólo Sul, um grande radar, que terá seis antenas de dois metros de altura cada e ocupará o espaço de um campo de futebol. Tudo para observar, e medir, a temperatura e os ventos que atravessam a mesosfera por meio dos meteoros.
Os corpos celestes que entram na atmosfera da Terra funcionarão como verdadeiros balões. A partir dos radares localizados na Antártica será possível, por freqüências de rádio, saber o deslocamento dos corpos e também medir a temperatura na mesosfera. Como milhares de meteoros são detectados todos os dias, será possível reunir um bom número de informações.
A mesosfera é considerada uma região fundamental para as pesquisas sobre as mudanças climáticas globais. Por causa da alta sensibilidade daquela zona atmosférica a alterações das condições físicas, imagina-se que ali qualquer impacto provocado pelas mudanças globais teria conseqüências muito maiores do que outras regiões.
Os primeiros resultados obtidos pelo radar britânico parecem promissores. Aproximadamente 5 mil meteoros foram detectados por dia. As temperaturas registradas até agora estão por volta de menos 130 graus centígrados. Isso, inclusive, ocorreu no meio do verão antártico.
Fonte: www.mundoverde.com.br
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