quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

UFBA DESENVOLVE TRATAMENTO INÉDITO PARA ANEMIA FALCIFORME


A Bahia, estado com maior número de pacientes portadores de anemia falciforme, é o único onde é feito o transplante de células-tronco para tratar uma das consequências da doença, as dores nas articulações. O tramento é feito no Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia.
O procedimento é realizado por dois médicos. Primeiro, o hematologista aspira células da medula do paciente. O material é colocado em uma máquina para isolar as células-tronco das outras que compõem o sangue. É por um pequeno corte de dois centímetros que o pesquisador coloca uma sonda até o local da lesão. Em seguida, injeta na parte do osso lesionada 40 ml de células-tronco.
“Até agora, os pacientes transplantados conseguiram recuperar mais de 80% dos movimentos. A partir de 45 dias começa a restauração e a regeneração desse tecido ósseo. Em torno de seis meses tem os movimentos recuperados”, prevê o pediatra Carlos Alexandre Ayoub, diretor do Centro de Criogenia Brasil. Vinte cirurgias foram feitas. Outras 30 estão programadas até dezembro deste ano.
Ainda segundo o pediatra e especialista em coleta e armazenamento de células-tronco do cordão umbilical, atualmente mais de 300 doenças estão em fase final de testes, com resultados positivos surpreendentes, e a cada dia surgem novas técnicas e aplicações para as células-tronco.”A restauração de cabeça de fêmur irá aposentar, em breve, as próteses muito usadas em idosos após trauma”, afirma o doutor Carlos Alexandre Ayoub.

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