“Mistério de espiral azulada de luz pairando sobre a Noruega
Um fenômeno de luz misterioso apareceu sobre a Noruega na última noite deixando milhares de residentes ao norte do país estupefatos. Testemunhas de Trøndelag a Finnmark compararam o avistamento incrível a tudo, de um foguete russo a uma onda de choque – embora ninguém ainda tenha mencionado OVNIs. O fenômeno começou com o que pareceu uma luz azulada que aparentava subir aos céus atrás de uma montanha. Ele parou no meio do ar, e começou a circular. Em segundos a espiral gigante havia cobrido todo o céu. Então um raio verde-azulado de luz disparou de seu centro – durando de dez a doze minutos até desaparecer por completo do céu.
O Instituto Meteorológico Norueguês foi inundado de telefonemas depois da tempestade de luz – que astrônomos dizem não parecer estar conectado a uma aurora, tão comum nessa área do mundo. O mistério se aprofunda enquanto hoje à noite a Rússia negou ter conduzido testes na área”.
[Daily Mail: Mystery as spiral blue light display hovers above Norway]
O fenômeno também foi registrado em vídeos:
Mas já foi explicado. Apesar da negativa inicial dos russos, explorada pelo jornal britânico, aimprensa norueguesa já informa que se tratou sim do teste malsucedido de um míssil Bulava, lançado de um submarino. O caso é interessante porque apesar da negativa inicial dos russos – talvez embaraçados por causa da falha do teste – suas mensagens de rádio a respeito foram interceptadas e partilhadas na internet.
Se foi nada mais que o lançamento de um foguete, de onde veio a espiral? Bem, foi um lançamento malsucedido, e tudo indica que um dos estágios começou a girar fora de controle, criando a espiral com a ejeção de gases – que ao vivo não deveria ser tão espetacular como na fotografia, capturada em uma longa exposição, e sim mais próxima do que se pode ver no vídeo. Os gases aparecem luminosos porque a grandes alturas, refletem a luz solar.
Adeptos de teorias de conspiração provavelmente questionarão a negativa inicial dos russos e sustentarão a idéia de que a explicação do míssil é uma tentativa de encobrir a “Verdade” de que um portal interdimensional se formou sobre os céus nórdicos, mas então, terão o problema de que falhas espetaculares de mísseis russos gerando exatamente o mesmo show de luzes não são inéditos.
Em nossa galeria de fotos OVNI abordamos um vídeo capturado em Tomsk, Rússia, em 14 de setembro de 2006 em que fica mais evidente como o lançamento de foguete pode começar com colunas de luz para, depois de uma falha, gerar as espirais luminosas. A aparência é idêntica. Naquele caso também se associou a espiral no céu a um “portal interdimensional”.
Claro, talvez este fosse ainda outro portal interdimensional encoberto pela Grande Conspiração com a explicação de um foguete. Portais interdimensionais talvez realmente subam aos céus, exatamente como um foguete. Ou talvez fosse um portal interdimensional lançado por um foguete? As possibilidades são infinitas.
O caso ainda ecoa o clássico da ufologia, o das Ilhas Canárias de 1976, outro lançamento de míssil confundido e promovido até hoje como um mistério.
Estas podem ser espaçonaves, mas são bem terrestres. [Com agradecimentos a todos que sugeriram a notícia, e com informações de Vicente Juan Ballester-Olmos, James Oberg, Meio Bit, Phil Plait]
Atualização 10/12/2009: O vídeo abaixo ilustra em uma animação os efeitos vistos aqui, enquanto o foguete acelera e ao mesmo tempo libera gás em rotação, criando a espiral:
Atualização 11/12/2009: Com mais de 24 horas de atraso, o Ministério de Defesa Russo finalmente reconheceu o lançamento de um míssil Bulava no dia 9, a partir do submarino nuclear "Dmitri Donskoy” no Mar Branco, na costa noroesta de Rússia. Dados telemétricos indicam que os primeiros dois estágios funcionaram bem, mas um problema ocorreu com o terceiro estágio. As informações são da agência ITAR-TASS (tradução automática).
A demora dos russos em reconhecer o lançamento – e seu silêncio e mesmo negativa inicial – pode ser explicada, como notamos anteriormente, pelo embaraço causado pelo fracasso. O desenvolvimento dos mísseis Bulava sofre vários problemas, e a maior parte dos testes conduzidos até agora resultou em problemas. O último foi conduzido em 15 de julho, quando o míssil também se auto-destruiu após uma falha no sistema de orientação, já no primeiro estágio. O teste que resultou na espiral azulada vista da Noruega estava agendado para 24 de novembro, mas foi adiado por dificuldades técnicas.
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