segunda-feira, 1 de março de 2010

VIAGENS DE AVIÃO X DOENÇAS RESPIRATÓRIAS


O período de férias sempre é momento propício para as viagens mais longas. Com tantos detalhes para se preocupar, a saúde acaba esquecida e muitos pacientes viajam sem tomar as devidas precauções.  Para quem vai fazer viagens longas, especialmente de avião, todo cuidado é pouco para não levar um susto durante o vôo. Estudos realizados em diversos países atestam que a qualidade do ar dentro dos aviões é geralmente inadequada e favorece o aparecimento ou agravamento de diversos males.
“Apesar de pequeno, existe risco de transmissão de doenças virais pelo sistema de ventilação dos aviões. Em épocas de epidemia como a de gripe, pacientes com doenças respiratórias crônicas devem ter precaução e procurar seu médico antes de viajar” afirma Igor Bastos Polonio, membro da diretoria da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia e médico assistente da Clínica de Pneumologia da Santa Casa de São Paulo.
Aliados à má condição atmosférica nas alturas, estão a baixa umidade relativa do ar, efeitos do ressecamento causado pelos potentes ar-condicionados. Isso acontece porque, ao passar pelas turbinas, o ar é elevado a altas temperaturas para depois ser resfriado e transferido para dentro da aeronave. O médico explica que o risco é maior para quem já sofre de doenças respiratórias, que fica sujeito à crise de asma, rinite ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), dependendo do mal que o acomete.
“Aqueles pacientes que dependem de oxigênio domiciliar devem aumentá-lo de 1 a 2 L/minuto durante o vôo, para manter a saturação de oxigênio maior ou igual a 92 %. Em alguns casos específicos, pode ser importante que o paciente tenha consigo um oxímetro portátil, que permite controlar os níveis de oxigênio, que variam conforme a pressurização da cabine”.
Nestes casos, a tripulação deve ser avisada e os medicamentos, tanto de manutenção como de emergência, mantidos ao alcance durante todo o trajeto. “Para isso, a orientação prévia de um pneumologista é imprescindível, inclusive para saber como proceder em uma emergência”, alerta. Jamais tome remédios sem indicação médica, mesmo na tentativa de reduzir o mal-estar. Diuréticos e bebidas alcoólicas, por exemplo, podem potencializar os problemas.

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