quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Asteroides podem ter trazido ingredientes de vida na Terra


Uma ampla gama de asteróides foi capaz de criar o tipo de aminoácidos utilizados pela vida na Terra, segundo nova pesquisa da Nasa, a agência espacial americana.
Os aminoácidos são utilizados para construir as proteínas, que são utilizadas pela vida para fazer estruturas como cabelo e unhas, e para acelerar ou regular as reações químicas. 

Eles vêm em duas variedades que são como imagens rebatidas, como duas mãos. A vida na Terra usa o tipo canhoto, exclusivamente. Como a vida baseada em aminoácidos destros também poderia funcionar na Terra, os cientistas estão tentando descobrir por que a vida na Terra favoreceu os aminoácidos canhotos.
Em março de 2009, pesquisadores do Centro Espacial Goddard anunciaram a descoberta de um  excesso do aminoácido isovalina do tipo canhoto em amostras de asteróide rico em carbono. A descoberta sugeria que talvez a vida baseada no aminoácido canhoto tenha surgido no espaço, onde as condições de asteroides favoreceram a criação esta versão do composto. Impactos de meteoritos poderiam ter fornecido este material, enriquecido de moléculas canhotas, para a Terra. A predisposição às moléculas canhotas teria sido perpetuada quando este material foi incorporada à vida emergente.
Na nova pesquisa, a equipe relatou ter encontrado mais um vez excesso de isovalina canhota em uma variedade muito maior de meteoritos. 

"Isso nos diz que nossa descoberta inicial não foi por acaso, que realmente havia algo acontecendo nos asteroides onde vieram esses meteoritos que favorece a criação de aminoácidos canhotos", diz o Dr. Daniel Gavin, especialista da NASA e autor do artigo sobre esta pesquisa que foi publicada esta semana no periódico científico Meteoritics and Planetary Science.

Nebulosa de Órion revela-se em outras cores


Beleza materna
Esta nebulosa, além de bela, propicia aos astrônomos a oportunidade de observar de perto uma região de formação de estrelas gigantes, de grande massa.
A nova imagem da Nebulosa de Órion foi obtida pelo telescópio do ESO (Observatório Europeu do Sul), de 2,2 metros, instalado no Observatório de La Silla, no Chile.
Nebulosa de Órion revela-se em outras cores
s dados utilizados para compor esta imagem foram selecionados por Igor Chekalin, da Rússia, que participou do concurso de astrofotografia "Tesouros Escondidos do ESO 2010".
Nebulosa de Órion
A Nebulosa de Órion, também conhecida como Messier 42, é um dos objetos celestes mais facilmente reconhecidos e melhor estudados.
Trata-se de um enorme complexo de gás e poeira onde se formam estrelas de grande massa. É a região deste tipo mais próxima da Terra.
O gás brilha tão intensamente que pode ser visto da Terra a olho nu, adquirindo contornos fascinantes quando observado através de um telescópio.
Apesar da sua proximidade e familiaridade, ainda temos muito a aprender sobre esta maternidade estelar. Por exemplo, foi apenas em 2007 que se concluiu que a nebulosa se encontra mais próxima da Terra do que anteriormente se pensava: 1.350 anos-luz, em vez de cerca de 1.500 anos-luz.
Anãs vermelhas
Os astrônomos utilizaram o instrumento Wide Field Imager (câmera de campo largo) para observar as estrelas no interior da Messier 42.
Eles descobriram que as estrelas anãs vermelhas de fraca luminosidade associadas ao gás brilhante liberam muito mais radiação do que o que se pensava anteriormente, o que nos fornece informação complementar sobre este famoso objeto e as estrelas que ele abriga.
Os dados compilados para este projeto científico, sem uma intenção original de produzir uma imagem a cores, foram agora reutilizados para criar esta imagem ricamente detalhada da Nebulosa de Órion.
Filtros de cores
A imagem é composta por várias exposições obtidas através de um total de cinco filtros diferentes.
A radiação que atravessou o filtro vermelho e o filtro que mostra o gás de hidrogênio brilhante, aparece em vermelho. A radiação vinda da região amarela-verde do espectro aparece como verde, a radiação azul aparece como azul mesmo e a radiação que passou através do filtro ultravioleta foi convertida para violeta. Os tempos de exposição foram cerca de 52 minutos para cada filtro.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Descoberto ossos de cachorro de 9.400 anos

Fragmento é o mais antigo das Américas e mostra que homem domesticou o cão também para usá-lo como alimento



Há cerca de 10 mil anos, o melhor amigo do homem, já servia para garantir proteção, companheirismo e também como refeição. Esta é a conclusão de pesquisadores que encontraram um fragmento de osso considerado o osso de cão domesticado mais antigo encontrado nas Américas.
O estudante de pós-graduação da Universidade do Maine, Samuel Belknap III encontrou o fragmento por acaso, enquanto analisava amostras secas de resíduos humanos, descobertos no Texas em 1970. Por meio de datação de carbono a idade do osso foi estipulada em 9.400 anos, e uma análise de DNA foi confirmado que se tratava do osso de um cachorro.
Como ele foi encontrado entre excrementos e tinha a coloração marrom alaranjada, o que indica que ele passou pelo sistema digestivo humano, o fragmento fornece a primeira evidência direta de que cães - para além de serem usados para a proteção e caça - foram comidos por seres humanos e podem até terem sido criados como fonte de alimento.
Belknap não estava pesquisando cães quando encontrou o osso. Ele estudava a alimentação dos povos que viviam no Texas entre 1.000 e 10.000 anos atrás. “Acontece que pessoas que viviam há 9.400 anos se alimentavam de cachorros”, disse.
Belknap e outros pesquisadores da Universidade de Maine e do labroratório de antropologia molecular da Universidade de Oklahoma, onde a análise de DNA foi feita, escreveram um artigo científico com as conclusões do estudo que será publicado no periódico científico American Journal of Physical Anthropology, ainda este ano.
“Os cães desenvolveram um importante papel na cultura humana por milhares de anos. De acordo com registros arqueológicos de 31 mil anos na Bélgica, 26 mil anos na República Tcheca e 15 mil anos na Sibéria”, disse Robert Wayne, professor de biologia evolucionista da UCLA e especialista em evolução canina. Porém registros arqueológicos de cachorros no Novo Mundo costumam ser mais recentes. Outras escavações arqueológicas datavam em 8 mil anos os cães mais antigos da América.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

caçador americano alega ter capturado em sua câmera uma criatura

berwyn monster fortianismo

“Um caçador americano alega ter capturado em sua câmera uma criatura assustadora vagando por uma floresta em Berwick, no estado da Louisiana (EUA), segundo reportagem da emissora de TV “WVLA”.” [G1: Caçador alega ter filmado criatura assustadora em floresta nos EUA]
A imagem assustadora tem uma origem proporcionalmente suspeita. Ela foi publicada originalmente no início do mês em um fórum de caça, e o responsável pelas imagens já começa sendo um anônimo, com toda a história sobre como o dispositivo de captura automática de fotos no escuro, originalmente destinado a fotografar cervos, teria sido destruído e como a imagem desta “coisa” teria restado no cartão de memória. Ao invés de procurar as autoridades, o autor anônimo resolve divulgá-las em um fórum na rede.
Uma história pouco criativa, e com um erro grosseiro. A fonte anônima para o instantâneo extraordinário publicou com a história uma outra imagem, “de um tempo atrás no mesmo local, apenas para referência”.

berwick november fortianismo
Note que a imagem de referência com o inocente cervo publicada pelo próprio autor tem a data de 21 de novembro. E no entanto as folhagens têm praticamente a mesma posição que a fotografia extraordinária com a data de 30 de novembro. Em mais de uma semana as folhas não teriam se movido entre as duas imagens, algo muito pouco plausível. Uma primeira incongruência na história da fonte anônima.
As folhagens quase idênticas são evidência de que a imagem de referência e a imagem da criatura foram capturadas com um lapso de tempo muito curto – possivelmente de alguns minutos, talvez segundos. A data no rodapé das imagens é fictícia, inserida eletronicamente, tanto assim que uma outra versão da imagem da criatura tem a data de 4 de dezembro, algo seguramente falso quando notamos que a imagem foi publicada inicialmente no fórum no dia 2.
E tanto é assim que em outras imagens de referência publicadas pela mesma fonte, supostamente dos dias 26 e 27 de novembro, as folhagens surgem em posições diferentes.
swamp monster ref1 fortianismo
Destas imagens posteriores, a mais interessante é a que exibe o próprio dono da câmera na mesma cena:
PICT0138 cropped fortianismo

Ela permite ter uma ideia melhor do tamanho da suposta criatura, se esta fosse de fato real. E resulta não ser um tamanho muito assustador. A criatura aparenta algo como metade do tamanho do dono da câmera, com braços extremamente finos.
mini swamp monster fortianismo
Aqui também a incongruência tem uma explicação. A criatura é pequena tanto porque foi uma criação digital sem muito cuidado com a escala, quanto porque deve ter se aproveitado de uma imagem original de um cervo. A textura e a largura dos braços da “coisa” são compatíveis com as finas patas de um delicado cervo, assim como o brilho dos olhos apenas duplica o cintilar dos olhos de um cervídeo com o disparo de luz infravermelha.
O uso e alteração da textura real de um cervo é o que dá maior realismo a esta criatura, e a comparação abaixo sugere como a escala, a textura e o aspecto da criatura assustadora se relacionam com aquelas de um cervo. De fato, é provável que este exato cervo, com alguns segundos de diferença em uma imagem anterior ou posterior, tenha servido de base para o monstro do pântano, considerando que as folhagens indicam que há um pequeno lapso de tempo entre as duas imagens.

Ela permite ter uma ideia melhor do tamanho da suposta criatura, se esta fosse de fato real. E resulta não ser um tamanho muito assustador. A criatura aparenta algo como metade do tamanho do dono da câmera, com braços extremamente finos.
mini swamp monster fortianismo
Aqui também a incongruência tem uma explicação. A criatura é pequena tanto porque foi uma criação digital sem muito cuidado com a escala, quanto porque deve ter se aproveitado de uma imagem original de um cervo. A textura e a largura dos braços da “coisa” são compatíveis com as finas patas de um delicado cervo, assim como o brilho dos olhos apenas duplica o cintilar dos olhos de um cervídeo com o disparo de luz infravermelha.
O uso e alteração da textura real de um cervo é o que dá maior realismo a esta criatura, e a comparação abaixo sugere como a escala, a textura e o aspecto da criatura assustadora se relacionam com aquelas de um cervo. De fato, é provável que este exato cervo, com alguns segundos de diferença em uma imagem anterior ou posterior, tenha servido de base para o monstro do pântano, considerando que as folhagens indicam que há um pequeno lapso de tempo entre as duas imagens.
Ela permite ter uma ideia melhor do tamanho da suposta criatura, se esta fosse de fato real. E resulta não ser um tamanho muito assustador. A criatura aparenta algo como metade do tamanho do dono da câmera, com braços extremamente finos.
mini swamp monster fortianismo
Aqui também a incongruência tem uma explicação. A criatura é pequena tanto porque foi uma criação digital sem muito cuidado com a escala, quanto porque deve ter se aproveitado de uma imagem original de um cervo. A textura e a largura dos braços da “coisa” são compatíveis com as finas patas de um delicado cervo, assim como o brilho dos olhos apenas duplica o cintilar dos olhos de um cervídeo com o disparo de luz infravermelha.
O uso e alteração da textura real de um cervo é o que dá maior realismo a esta criatura, e a comparação abaixo sugere como a escala, a textura e o aspecto da criatura assustadora se relacionam com aquelas de um cervo. De fato, é provável que este exato cervo, com alguns segundos de diferença em uma imagem anterior ou posterior, tenha servido de base para o monstro do pântano, considerando que as folhagens indicam que há um pequeno lapso de tempo entre as duas imagens.



Ela permite ter uma ideia melhor do tamanho da suposta criatura, se esta fosse de fato real. E resulta não ser um tamanho muito assustador. A criatura aparenta algo como metade do tamanho do dono da câmera, com braços extremamente finos.
mini swamp monster fortianismo
Aqui também a incongruência tem uma explicação. A criatura é pequena tanto porque foi uma criação digital sem muito cuidado com a escala, quanto porque deve ter se aproveitado de uma imagem original de um cervo. A textura e a largura dos braços da “coisa” são compatíveis com as finas patas de um delicado cervo, assim como o brilho dos olhos apenas duplica o cintilar dos olhos de um cervídeo com o disparo de luz infravermelha.

Ovnis e a conspiração do golfo de aden


“Onde está esta história da mídia internacional? O poderio combinado de vinte e sete países está concentrado na costa da Somália, supostamente para combater piratas precariamente armados que continuam a agir em aparente impunidade. Ou será que há algo muito, muito mais sério acontecendo?”.
É como você encontra esta história divulgada pelo tablóide russo Pravda Online, conhecido pelo sensacionalismo. E como tal, não é surpresa que seja apenas a introdução para algo supostamente “muito, muito mais sério” que o veículo logo revela:
“Novamente os cabos telegramas Wikileaks entram no jogo. E o que é revelado é aterrorizante. De acordo com o relatório supostamente preparado pelo Almirante Maksimovda Frota Norte da Rússia, no fim do ano de 2000 um vórtex magnético foi descoberto na área do Golfo de Aden. A Rússia, China e os EUA juntaram esforços para estudar o que ele era, mas descobriram que ele desafiava a lógica e as leis da física. Os EUA … monitoraram o vórtex, que permaneceu estável … até que no fim de 2008 começou a se expandir. Isto levou os EUA a enviar um alerta ao resto do mundo, e em resposta … a maior força naval já reunida na história humana foi reunida. Para lutar contra meia dúzia de jovens escassamente armados em lanchas baratas?”.
A resposta é sim e não. As forças navais reunidas no Golfo de Aden não são de longe a maior força naval reunida na história humana, a menos que se esqueça algo como duas Guerras Mundiais e mesmo operações em tempos de paz realizadas com excedentes militares. Hoje, são pouco mais de vinte países, a maior parte dos quais designou apenas uma ou duas embarcações para cooperar nos esforços na região da Somália.
Esforços que são sim dedicados a combater a pirataria e assegurar o trânsito de embarcações civis por uma das importantes rotas marítimas do mundo ligando o Mediterrâneo ao Mar da Arábia. Mais de 21.000 navios cruzam o Golfo de Aden anualmente, seria impressionante que um “Stargate” expandindo-se pela região há vários anos já não tivesse sido registrado por tripulações civis.
800px Somalian Piracy Threat Map 20101 destaques
O que tripulações civis sim encontraram na região foram piratas, que neste momento detêm mais de 650 reféns e 35 embarcações. É um grave problema que não pode ser resolvido mesmo com todo este poderio naval, uma vez que são áreas gigantescas de costa e mar e populações inteiras vivendo em condições precárias. Não poucos estão dispostos a todo o risco da pirataria no que parecem ver como única alternativa de sobrevivência. Problemas de violência causados por miséria deveriam ser bem entendidos por nós, brasileiros, em um dois países mais desiguais do planeta.
Vórtices interdimensionais de filmes de Hollywood podem parecer mais empolgantes, mas são apenas histórias fantasiosas. A variação aqui foi que as histórias incorporaram a febre dos vazamentos Wikileaks? Pois o Vórtice do Golfo de Aden encontraria apoio em um suposto telegrama sigiloso.

NORUEGA: RESPOSTA DO CI/KRI PARA USNORTHCOM
ID: 09OSLO337
ASSUNTO: NORUEGA: RESPOSTA DO CI/KR PARA USNORTHCOM
DATA: 2009-12-09 14:48:00
CLASSIFICAÇÃO: TOP SECRET
ORIGEM: Embaixada de Oslo
TEXTO:
T O P S E C R E T OSLO 000337
NODIS USNORTHCOM major-general Thompson
NSPD 51/HSPD-20: DECL: 2019/03/20 EXDIS TAG, Roger, DOCKLAMP
Assunto: NORUEGA: RESPOSTA DO CI/KR PARA USNORTHCOM
REF: 17835 USNORTHCOM
Classificado por: Tenente-Coronel McClary por razões: (A), (Q), (Z) e (R)
1. (S) RNoAF resposta à anomalia espiral do HAARP/CERN foi limitada a 175 kilômetros com parâmetros de testes alcançados dentro de 3 graus de arco de acesso.
2. (S) Posto recomenda a ativação do Projeto Bunker ALICE 2012 para POTUS/SecDef
McClary (POTUS=Presidente dos EUA / SECDEF= Secretário de Defesa)
VZCZCXYZ0008
PP RUEHWEB/QR
DE RUEHSM #0194 0791327
ZNY SSSSS ZZH
P 201327Z DEC 09
FM AMEMBASSY OSLO
TO USNORTHCOM PRIORITY ALPHA-Q
XTAGS: NASA-437-99042YCQ
ДОБАВЛЕНО
2010-12-04 16:15:16
ПЕЧАТЬ
2010-12-04 20:36:41
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Do HAARP ao LHC, passando pelo “Projeto Bunker ALICE 2012”, e incluindo a classificação mágica “Top Secret”, seria um telegrama diplomático explosivo. Se apenas fosse verdadeiro, claro.
Como está, não só o telegrama não foi realmente liberado via Wikileaks, e sim divulgado porum grupo conhecido por outras fraudes, como o que sim podemos encontrar é a mensagem original que foi usada como base para esta fraude.
O telegrama original 09STOCKHOLM194, classificado como “Secreto” (nenhum telegrama liberado tem classificação “Top Secret”), lida com questões comuns como infra-estrutura de comunicações e medicamentos da Suécia. Nada de 2012 ou Stargate.
Foi adulterando tanto o conteúdo da mensagem original, quanto algumas partes do cabeçalho – mas preservando outras, incluindo códigos únicos –, que se emulou este falso telegrama Wikileaks. Nem mesmo teóricos de conspiração o levaram muito a sério. Exceto, é claro, o Pravda e alguns outros veículos.
Fraudes à parte, haveria alguma grande revelação real nos telegramas diplomáticos Wikileaks sobre OVNIs, extraterrestres e conspirações?

Com o furor que deveria tê-lo tornado o “Homem do Ano”, Julian Assange provocou grande excitação entre entusiastas OVNI em uma curta resposta, amplificada e distorcida por um sem número de veículos não tão diferentes do Pravda Online russo.
Originalmente, no início de dezembro o jornal britânico Guardian, que colabora com a organização Wikileaks e tem acesso em primeira mão aos mais importantes documentos, publicou respostas de Assange a perguntas enviadas por seus leitores. Foi o leitor “achanth” que perguntou:
“Senhor Assange, há documentos enviados a você que lidam om tópico de OVNIs ou extraterrestres?
Assange brincou com o assunto, mas foi também enigmático em sua resposta:
“Muitos excêntricos nos mandam emails sobre OVNIs ou como descobriram que eram o Anti-Cristo enquanto conversavam com suas ex-esposas em uma festa no quintal sobre uma planta de jardim. No entanto, até agora não atenderam a duas de nossas regras para publicação.
1) que os documentos não sejam de autoria própria;
2) que sejam originais.
Porém, vale notar que em partes ainda a ser publicadas do arquivo cablegate há mesmo referências a OVNIs”.
Quais seriam, o homem de cabelos brancos que morava em uma distante ilha não respondeu. Mas se o Guardian neste pequeno trecho acendeu ânimos, ele logo depois os apagou, ou deveria ter apagado. Com acesso à integra dos arquivos, e novamente atendendo às perguntas de leitores sobre o que eles conteriam, o veículo foi claro:
Apesar do que Assange disse em nosso bate-bola online, não há referências a extraterrestres nos telegramas. Procuramos por ‘aliens’ e ‘UFOs’ (‘visitantes’ e ‘oficiais não-terrestres’ também, obrigado, leitores ufófilos) sem encontrar nada também. Assange pode ter estado brincando”.
assange1 1688694c1 destaques
Como de costume, desmentidos têm um alcance muito menor que uma história sensacional divulgada inicialmente, e semanas depois entusiastas continuam esperando que Assange revele alguma grande conspiração envolvendo extraterrestres. Pelo visto, Assange pode não criar teleggramas forjados sobre vórtices interdimensionais, mas depois de caçoar de excêntricos que acham que são o Anti-Cristo, pode ter pregado uma peça com suas “referências a OVNIs”.
Teoristas de Conspiração seguramente pensarão que os telegramas sobre ETs agora já foram censurados. Ou talvez que Assange possua documentos a que nem o Guardian teve acesso. Ao que o próprio jornal comenta como “em torno de três milhões de pessoas tiveram acesso aos telegramas antes da divulgação, assim se houvesse uma conspiração neles, seria uma na qual em torno de 1% dos cidadãos americanos teria que fazer parte”.
Você também pode buscar pelos milhares de telegramas Wikileaks através do sítioCableSearch. Foi como encontrei a mensagem original usada para forjar aquela sobre o Golfo de Aden e 2012. Uma busca por “aliens” pelo momento releva apenas dois telegramas lidando com… imigrantes ilegais (“aliens”, em inglês).
A liberação de documentos sigilosos sobre os mais diversos temas pelo Wikileaks ou mesmooficialmente por órgãos governamentais, incluindo no Brasil, sim traz revelações importantíssimas. Mas nada revela sobre histórias extraordinárias de Grandes Conspirações Alienígenas. Pelo contrário, revelam que todos aqueles que deveriam participar de tal Conspiração a desconhecem por completo.
E parecem mesmo fazer graça disso. Assange incluído.
- – -

Pouco depois de publicarmos este artigo, Wikileaks liberou novos telegramas através do jornal norueguês Aftenposten com referências as OVNIs, contrariando a informação do The Guardian – que, pelo visto, de fato não teve acesso a todos os telegramas não divulgados aos quais Assange se referia.
São até o momento cinco telegramas, o mais interessante dos quais é um telegrama diplomático de 21/12/2007 com “breves itens de interesse” compilados da mídia pela embaixada americana em Minsk, Bielorússia. É a “citação da semana” do telegrama:
“O chefe da BKGB Yuiry Zhadobin comenta os motivos pelos quais sua organização não investiga mais fenômenos paranormais:
’Ao contrário dos tempos da União Soviética, o departamento não está mais engajado em estudar fenômenos paranormais. [Naquela época] tínhamos mais recursos e oportunidades que podíamos gastar em tudo e qualquer coisa. Hoje a situação é diferente. Naquela época, quando a sociedade se excitava com algo, ele entrava em nossa esfera de interesse. Mas com relação a curandeiros, OVNIs e afins, simplesmente já não lidamos com eles’”.
Outros telegramas com menções a “UFOs” incluem um da embaixada em Montreal em 2003com informações sobre o grupo dos Raelianos e suas então populares alegações de clonagem; outro de 2006 sobre o suposto abduzido Eric Julien predizendo um Tsunami no Marrocos; no ano seguinte um comentário sobre as crenças em OVNIs do então chefe de gabiente japonês Machimura e finalmente em 2008 menção a uma reuniâo do comitê equatoriano com um grupo que acredita em OVNIs como “um exemplo de como as coisas estão fora de controla ao ponto de se aproximar do absurdo”.
Sem surpresa os telegramas são apenas referências inócuas sobre OVNIs, tomadas ou da imprensa ou de outras fontes, em que o tema é sempre considerado como motivo de embaraço e merecedor de pouco interesse sério.
Erramos ao considerar o Guardian como a fonte definitiva sobre o conteúdo dos telegramas a serem divulgados pelo WikileaksJulian Assange não estava brincando ao mencionar as referências a OVNIs, elas sim existem em telegramas que só foram divulgados agora, por outros veículos que não o periódico britânico.
Também corrigimos dois erros graves de tradução indicados por nossos leitores (“cables” por telegramas e “pot-plant” por planta da jardim).
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